Passo minha voz pelo buraco da agulha e obtenho um zumbido que dissolve as nuvens. Ao espiar as figuras nevoadas dispersando, noto que o penhasco está no olhos de quem vê.
Canhota
com duas mãos esquerdas.
Sou destra,
tenho dois pés direitos.
Vivo em trânsito.
Quando meu coração acelera
os pensamentos congestionam.
Entre Rio e São Paulo
reconheço que as coisas não são
melhores ou piores,
são diferentes...
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